Destemperança
Destemperança é ira incontrolada
De coração que há muito ressentido
Por não querer ferir, mas que ferido
Carrega em si a mágoa represada
Sem perceber que o mal não resolvido
É a razão de tal fúria extrapolada
O homem segue errante a caminhada
Levando adiante o mal outrora tido
Mas quando o amor em dose suficiente
Encontra aberta a porta da humildade
Toca-lhe a alma e quebra essa corrente
Do coração se desprende a maldade
E em novo chão germina outra semente
De consciência e longanimidade