AGORA É TARDE...
Ah, a esperança que já encobre a madrugada...
E que invade os meus lençóis nas tenras horas da manhã,
Traz a luz do sol que surge no interstício da alvorada...
E se introduz na minha saudade a incentivar o meu afã!
Ah, a esperança... essa virtude consagrada!
Forte força – tão sonhada!- a espreitar meu coração...
Que palpita só no anseio da poesia arranjada,
A cumprir sua promessa de negar a solidão.
Ah, doce esperança...por que então me abandonaste?
Na vil hora em que chegaste...eu sequer te enxerguei!
Tu rondaste o meu peito de um jeito tão suspeito...
E depois tu te negaste quando mais eu precisei...
Então vai!-toma teu rumo...roda pelo mundo inteiro,
Vê se cede ao meu apelo...pois eu já te reneguei...