Isolamento

Um raio que entrecorta o firmamento

Reflete como sombra nesse instante,

E o homem sem qualquer discernimento

À vida se apresenta inoperante.

O sangue, à noite, escorre o sofrimento

Em gotas de um delírio sufocante...

Num pântano fatal – atroz momento –

Escava a própria cova, inobstante.

Na contração de singulares gritos,

Atônito perante os requisitos,

Padece delirando em corrosão.

Num flash que separa o céu do mundo

Concebe o adeus enérgico e profundo

Enquanto a morte para o coração.

Versos 1, 4, 5, 11, 14 por Gabriel Zanon Garcia;

Versos 2, 7, 8, 9, 13 por Ricardo Camacho;

Versos 3, 6, 10, 12 por Gustavo Valério Ferreira.

Gabriel Zanon Garcia, Gustavo Valério Ferreira e Ricardo Camacho
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 26/12/2020
Reeditado em 05/01/2023
Código do texto: T7144777
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