Isolamento
Um raio que entrecorta o firmamento
Reflete como sombra nesse instante,
E o homem sem qualquer discernimento
À vida se apresenta inoperante.
O sangue, à noite, escorre o sofrimento
Em gotas de um delírio sufocante...
Num pântano fatal – atroz momento –
Escava a própria cova, inobstante.
Na contração de singulares gritos,
Atônito perante os requisitos,
Padece delirando em corrosão.
Num flash que separa o céu do mundo
Concebe o adeus enérgico e profundo
Enquanto a morte para o coração.
Versos 1, 4, 5, 11, 14 por Gabriel Zanon Garcia;
Versos 2, 7, 8, 9, 13 por Ricardo Camacho;
Versos 3, 6, 10, 12 por Gustavo Valério Ferreira.