Soneto da Morada

Amar é abrir a porta para que o outro entre.

Permitindo desvelar os cantos da intimidade.

É estender a mão e caminhar sem medo,

E, sem pressa, ver quem lhe quer de verdade.

Amar é assentir a morada do amante,

Enquanto se abriga com imensa vontade.

Conquistar a presença com a porta aberta,

Tornando o seu lar para a eternidade.

A gaiola não torna o cativeiro seguro,

Pois o amor não é caça, mas uma espera

De quem sonha e abraça de jeito maduro.

O bem querer se percebe na primavera,

No momento que as flores apontam o futuro

De um casal em busca da risada sincera.

Lee Vieira
Enviado por Lee Vieira em 26/12/2020
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