SONETO ANÔNIMO

Solidão, vivo tão só, numa bruteza

Onde o meu fado escoa em pranto

Longe do entusiasmo e do encanto

Numa prosa transvazando tristeza

Tão oca a poesia, cheia de incerteza

Num revés ensurdecedor, portanto

O sussurro da dor, dói tanto e tanto

Que o sentir ferido me faz ter viveza

Ando estonteado, perdido na ilusão

Calado, as noites de alvoroço ativado

E ausentes de sensação e de emoção

E me perco no gadanho do passado

Que esgatanha a afável recordação

Que arfa o falto, daqui do cerrado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

23/12/2020, 21’38” – Triângulo Mineiro

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/Ctbu2JQsI20

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/12/2020
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