a esperança brilhando no abismo
o gesto repousa
nas planícies do sono
tantas vozes em volta
as lembranças no alto
entre palavras e silêncios
a poesia é uma estrada
entre o que dói mas liberta
(a verdade áspera madura)
e o que sorri e não esconde
no voo frágil todas as quedas
no corpo sagrado a alma profana
mas o gesto acorda e desenha
árvore rio montanha nuvens de palavra
a esperança brilhando no abismo