A morte não finda, refaz.
A contemplar meus infortúnios existenciais,
Fiz-me um sozinho apesar das companhias.
Em silêncio gritam no meu peito as batidas,
Ecoadas pelo vazio que na alma se compraz.
Percebo que aqui dentro ainda há vida.
E tal manifestação em nada me satisfaz,
Não temer uma existência longa ou breve.
Torna-me petulantemente diferente dos iguais.
Sendo a nossa única certeza o desenlace...
Nesta luta quase sempre alguém se perde,
Aquele que sabe não ser o fim, és alegre.
Pois entende que é banal o medo dos mortais,
De tentarem evitar o inevitável não percebem,
Que a morte não finda, ela apenas desfaz.