PERIPÉCIAS MATINAIS
Esparge, no infinito, encantamento
o riso dardejante que devora
as langues expressões de uma senhora
vestida em melancólico indumento.
A madrugada, quando se descora,
contempla, agonizante, o surgimento
do facho transformado em monumento
na tela concebida pela aurora.
Desperta a serrania e, numa festa,
os pássaros propagam na floresta
o som de cantorias magistrais.
O Sol galanteador, aos beijos, deita
no colo da natura, a diva eleita
em suas peripécias matinais.