SONETO DA DAMA DE PRETO
SONETO DA DAMA DE PRETO
Implacável e incerta... chega sorrateira
Não tem hora, a sinistra dama de preto
Acaso agora sua feição seja verdadeira
Na figura visual de um fidalgo esqueleto
Visita inesperada, para muitos execrada
Ser vivente repudia em evidente covardia
Entidade ignorada pelo retorno à morada
Ninguém quer como dama de companhia
Tida como malvada é sempre injustiçada
Sem ela, viver seria eternamente padecer
Ajuda o homem a crescer e a se conhecer
O guia na caminhada em direção ao nada
O ser ao nascer já começa a lhe pertencer
Angústia de saber que jamais vai esquecer
Marco Antônio Abreu Florentino
Soneto dedicado a Ayala Gurgel, professor, mestre e doutor em filosofia pela UFPB, UFMA e UFC, emérito tanatologista, autor de várias publicações nas áreas de filosofia, sociologia, tanatologia e ficção, mas acima de tudo um grande amigo.
https://youtu.be/-x21QMYQN10
(Hard Hearted Alice - Alice Cooper)