SONETO DE UM MENINO

Fiz do meu peito caixa de Pandora

Do incauto sentimento singular

Que fora suprimido desde outrora

Por mais que vagueasse apenas por lá

Na triste sina de quem sempre chora

Porque não lhe convém saber amar

Na aflição de ficar ou ir embora

Frente ao tenro brilho do azul do mar

Tão intimidador que eu oceano

Porque sei que tu és sílaba tônica

Da palavra que procurei por anos

No meu conto de fadas que era crônica

Em versos solitários por engano

Nessa história de paixão platônica