Soneto da Chuva
A chuva cai no telhado,
As lágrimas em meu rosto.
Visitam-me em silêncio,
Aguçando o tal desgosto.
Partirá sem ressentimento,
Ao relento fico exposto.
A dor crava o meu peito,
Enquanto o fim é proposto.
A noite me rouba a alegria,
Sua voz provoca agonia,
Pois rompe o amor de outrora.
A escuridão acorda a poesia,
Que escrevo com nostalgia,
No momento que vai embora.