Na proporção que eu morro, desejo viver.

Saber quem deveras sou me limitaria!

De uma forma tão pobre e assecla,

Chamariam-me utilizador de cuecas,

Embora não sucumbisse a zombaria.

E assim, cônscio da minha impotência.

Sem saber o que ou quem de fato sou,

Vejo que nessas caminhadas obtusas...

Tenho sido um dos maiores corredor!

Tanto mal me causei por não viver o presente!

Que todas às vezes em que abracei o futuro,

Destrocei a minha fértil e tão perturbada mente.

Pois antes que a natureza me tirasse o espírito,

Como um covarde acelerado me pus a morrer..

Agora na proporção que eu morro, desejo viver.

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 14/12/2020
Reeditado em 15/12/2020
Código do texto: T7135770
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.