PROVA DE VIDA
Tinjo-me de solidão
Enquanto o tempo avança
Escuto o sopro da multidão
Como se fosse uma contradança
Névoas de silêncio em meio à devassidão
Enquanto o nirvana é uma esperança
Minha alma está aqui de prontidão
Cumprindo os itens da bem aventurança
Tinjo-me de nada
Com a memória estagnada
Celebrando toda incoerência
Resíduos de tudo que fui um dia
Provam que fui prosa e poesia
Habitando o vazio da existência