A CRUZ DA ESTRADA
Dum homem vil, considerastes a sentença
De causar dano, inimizade e prejuízo
Se tu tivesses uma grama de juízo,
Recusarias comprar briga e malquerença.
Por um mandato começou-se a desavença
E foi teu sangue derramado sem aviso
Uma arma branca e dois irmãos, calou teu riso...
Tu poderias querer outra recompensa?
Foste esquecido, relembrar não é defeito.
E do teu corpo escurecido, o que foi feito?
Será que foi encomendado aos urubus?
Ninguém não sabe o que dizer do resultado
Só lembram bem, que nessa estrada, no passado,
Do lado esquerdo ou do direito, havia a cruz.
Baixa Grande 22/10/2020