A CRUZ DA ESTRADA

Dum homem vil, considerastes a sentença

De causar dano, inimizade e prejuízo

Se tu tivesses uma grama de juízo,

Recusarias comprar briga e malquerença.

Por um mandato começou-se a desavença

E foi teu sangue derramado sem aviso

Uma arma branca e dois irmãos, calou teu riso...

Tu poderias querer outra recompensa?

Foste esquecido, relembrar não é defeito.

E do teu corpo escurecido, o que foi feito?

Será que foi encomendado aos urubus?

Ninguém não sabe o que dizer do resultado

Só lembram bem, que nessa estrada, no passado,

Do lado esquerdo ou do direito, havia a cruz.

Baixa Grande 22/10/2020

Luiz Izidorio
Enviado por Luiz Izidorio em 13/12/2020
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