novamente flagelos
nem todo flagelo é flagelo
nem toda ferida é dolorosa
às vezes é só milagre
às vezes é só medalha
nos sussurros do chicote
as cicatrizes revivem
os desenhos do mundo
o divino gesto que tece
o raio o rio a rua a runa
do eterno que desabrocha
o tempo essa pérola
e o discípulo assim pronto
dispensa feroz o mestre
e se torna aprendizado