Dolências
Tristonhas vão as sombras em meus dias,
Vendo o astro no ocaso ir morrendo...
Como uma alma presa em litanias,
Eternamente em dores vivendo.
Se vão as horas em melancolias,
Tristes como um lírio murchecendo...
Feres-me, o peito, a voz da nostalgia,
Com dizeres d'alma que vai sofrendo
Lembras-me do silêncio plangente
As lágrimas que sentira caindo,
Tal como a lua pelo céu silente...
Solitária a vagares no abandono,
Como quem já pressente a morte vindo
Fechar-lhe os olhos para o eterno sono.