AS ESTRADAS DA VIDA

Diferente são da vida as estradas,

Que o Destino nos deu a palmilhar.

De florês mil algumas são juncadas,

Outras espinhos tem a atapetar.

Aquelas são suaves, perfumadas,

A Fortuna caminha a nosso par.

Nestes sangram os pés, e a alma é abrasada

Pelo sol da desdita a crepitar.

Mas ao término, enfim, desta jornada,

Um estranho contraste nos aguarda,

Enveredando assim noutros caminhos

Compensando-nos os gozos e as dores,

São se espinhos as que foram só de flôres,

São de flôres as que foram só de espinhos.

Jaubert
Enviado por Jaubert em 28/10/2007
Código do texto: T713192