Soneto para minha preta
Sonhei com uma poesia
Acordei com o peito em chamas,
As mãos trêmulas,
Cheio de incertezas frias
E as lembranças de uma dama
As palavras cor-de-céu
No canto da boca rasa,
Desvendou o grito d'alma
De um amor confesso réu
Que afagou minha pele em brasa.
Senti o medo das memórias
E perdido caminhei,
Pelo mundo à fora.
Encontrei morada plena
Quando acordei sorrindo,
Aninhado nos braços daquela linda morena.