Alfaiate de lembranças
Teço em aprazível silêncio, sinfonias
E perco-me nos caminhos já traçados
Enquanto, de animosidades ou alegrias
Meus sentimentos todos são esgarçados
Porém, de doce e plena amenidade labial
Se compraz esse meu satisfeito coração
E em um rasgo de amplo apreço cordial
Coso, em fraterno manto, uma expressão
E o contínuo tempo, de quem somos nós reféns
Segue soando, enquanto corre, os seus requiens
E a vida passa, nos restando o aproveitar
O usufruir daquilo tudo que há de belo
Do festejar pomposo ou ato singelo
Momentos que mereçam um recordar