POR QUÊ?!

POR QUÊ?!

Por via de regra, é assim no fim:

A pergunta ficando sem resposta…

A frase e o amor terminam sem proposta,

Senão mudar o assunto entre ela e mim.

Parece-me bem típico, por fim,

Repetir a pergunta a quem se gosta

E entender no silêncio alguma aposta

Ou que essas coisas sejam mesmo assim.

Isolada no fim ou interjeição,

A pergunta me queima o coração

E a mente de vazio se povoa.

Aliás, só o silêncio reticente

Responde essa pergunta para a gente,

Feito o vento que pelo abismo ecoa.

Betim - 06 12 2020