Desagravo às Horas gregas
Neste poema eu vim registrar um desagravo.
Às deusas Horas que dominam as estações.
Retirando agora as minhas vãs lamentações.
Se à deusa Nênia o meu eu tornou-se escravo.
A dor atribuí às gregas Horas e seus diários.
Mas era o amor que já moribundo me doía.
Junto a Fínis da vida na mortalha em agonia.
Fez meu espírito entoar cânticos funerários.
Para os romanos a morte é o renascimento.
A "Carmen fúnebre" é uma alegre celebração.
E o ser que morre renascerá n'outro momento.
Em sendo assim, às deusas Horas agradeço.
Se na última primavera sepultei meu coração.
Nesse verão, ele curado, terá seu recomeço.
Adriribeiro/@adri.poesias