Desagravo às Horas gregas


Neste poema eu vim registrar um desagravo.

Às deusas Horas que dominam as estações.

Retirando agora as minhas vãs lamentações.

Se à deusa Nênia o meu eu tornou-se escravo.


A dor atribuí às gregas Horas e seus diários.

Mas era o amor que já moribundo me doía.

Junto a Fínis da vida na mortalha em agonia.

Fez meu espírito entoar cânticos funerários.


Para os romanos a morte é o renascimento.

A "Carmen fúnebre" é uma alegre celebração.

E o ser que morre renascerá n'outro momento.


Em sendo assim, às deusas Horas agradeço.

Se na última primavera sepultei meu coração.

Nesse verão, ele curado, terá seu recomeço.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 04/12/2020
Reeditado em 25/06/2022
Código do texto: T7127891
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