TEMPO, TEMPO, TEMPO

Muito já passou, bem pouco falta ainda,

ó trem que nunca para, tão ligeiro

na busca do meu dia derradeiro,

tudo sem ver que a vida ainda é

linda.

O que ficou pra trás, viver, sei, já não dá,

só resta a este saudoso soneteiro

guardar da juventude o velho cheiro

e em rimas, nos seus versos, registar.

Um outro tempo agora,outra idade,

do fim da linha vê-se a claridade,

assim, qualquer vivente segue a trilha.

Então, seja eu , ou tu, ou ele,

com o tempo, o tempo franze a pele...

Pois tempo é trem que nunca descarrilha.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 04/12/2020
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