TEMPO, TEMPO, TEMPO
Muito já passou, bem pouco falta ainda,
ó trem que nunca para, tão ligeiro
na busca do meu dia derradeiro,
tudo sem ver que a vida ainda é
linda.
O que ficou pra trás, viver, sei, já não dá,
só resta a este saudoso soneteiro
guardar da juventude o velho cheiro
e em rimas, nos seus versos, registar.
Um outro tempo agora,outra idade,
do fim da linha vê-se a claridade,
assim, qualquer vivente segue a trilha.
Então, seja eu , ou tu, ou ele,
com o tempo, o tempo franze a pele...
Pois tempo é trem que nunca descarrilha.
Josérobertopalácio