Cara Metade
Por fim vindo o exorbitante instante
- E caso o mundo fosse dito que morri -
Q'eu seja inesquecível aos versos que fiz
Quando nesta vida vivi, poeta e amante!
E tornem de mim meu sumo semblante,
As trovas de amor que outrora escrevi
Que experienciando-as, assim os construí,
Para serem folheados em tempos distantes.
E aquela... - Por qual os fantasiei -
Que em minhas carícias nunca encontrei
Há de trilhar infinitamente desconhecida.
Ou sem ela perceber-se, perguntando:
- Como é capaz alguém viver amando
A quem jamais esbarrou pela vida?