BECOS E VIELAS
Não vou falar das minhas dores,
Dos dissabores e decepções.
O que importa aos leitores
São os amores e as paixões.
Não posso esquecer das flores,
Dos perfumes, nem dos jardins.
Ah, das borboletas e beija-flores;
Das poesias e dos querubins
Que, nas horas que vem tristezas,
Deixam corpo e alma sem defesas;
É quando expondo minhas mazelas.
Ah, perdoem-me se me extrapolo,
Até porque quando posso me isolo:
Ou saio a percorrer becos e vielas!