Nova Construção
Eu sou o homem, que viu a aflição, pela vara do seu furor,
me levou e me fez andar, nas trevas e não na luz, mas na dor.
Deveras ele volveu a sua mão contra mim, o dia todo sim!
Fez envelhecer a minha carne e a minha pele, está contra mim!
Quebrou os meus ossos, levantou contra mim muitas trincheiras,
e me cercou de amargura e trabalho, fez-me habitar em trevas,
como os que morreram à muito em antigas e longínquas eras.
Cercou-me com um muro alto, com muitas e grandes pedras.
Eu assim já não consigo mesmo sair, agravou os meus guilhões.
Ainda quando clamo e grito ele exclui a minha de sempre oração.
Fechou meus caminhos com pedras bem lavradras em montões.
Fez tortuosas as minhas veredas, como o leão em esconderijos,
como o urso de emboscada, ele desviou todos os meus caminhos.
Ele Deus, me fez em pedaços, para de todo fazer, uma nova construção!