Saudade

O som do sopro sobre os olhos meus

o tom do toque toma o tempo todo,

e a lágrima alva lava a lama e o lodo

da dor co'a flor de amor que não morreu.

Sereno, reino ameno e ao menos eu

no gosto posto o rosto oposto eclodo

no tinto instinto extinto e sinto o engodo

na chama calma a qual emana Orfeu.

Saudade invade co'a verdade, e amar,

e almejo o pejo no desejo puro,

ensejo o beijo no lampejo ardente

que mora agora, outrora, n' outro lar.

Na instância a dança alcança a luz e curo

lembrança que me avança loucamente...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 03/12/2020
Reeditado em 03/12/2020
Código do texto: T7126682
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