AMOR DE LIMA...
Quero que vejas como brinco com as rimas,
Quero que pairem as razões do não querer,
Entre tantos "fico" e "vou embora" de prima,
Que foram apenas brincadeiras de esconder
Exponho a afronta das feridas de amor de lima,
No arranhado rosto, para quem quiser me ver,
Advertindo sobre o limão que no frescor colima,
Que haverá eternamente a acidez ao se colher.
Jaz a altivez de quem contemplava na colina,
O pensar ser tão complexo quanto a turmalina,
Vi minha essência em simples pó se desfazer.
Por essa menina que amei no sol e na neblina,
Olhos de anjo com os segredos de messalina,
Que me arranha a alma da manhã ao anoitecer.