CONCHAS...,
e o Soneto das Águas!
Resolvi te procurar
Afundando rastros na areia
Doido, vai e vem, a te chamar
Até findar luar, da lua cheia
Som das ondas estrondando
...ainda te procurando
E nada te encontrar
Ali sentei, deitei, dormi!
Tudo de novo em novo dia
Exato desespero, igual
Te imaginando, mas não te via
...saindo do meu normal
Meu coração te sentindo
Minh’alma te precisando
Mesma lua e luar, não te achei!
Três noites, eu desfalecendo
Juntando restos de esperanças
Saudade forte, corroendo
Pela dor, das doces lembranças
Peito apertado, doendo
Sem entender, sobrevivendo
Nova lua, me recolhi, minguei!
Eis que ouço pouco nítida, tua voz
Abafada aos sons e roncos do mar
Meu desespero, á pouco atroz
Senti hora de te reencontrar
E toda dor de saudade feroz
Que fez do tempo meu algoz
Aliviou-se, de vez meus ‘ais’
Quando ouvi pronunciado meu nome
Numa “CONCHA” recostada ,
Era ela, Mara, a fada e minha amada,
Com seu canto de amor, a me chamar!