Soneto de Abertura

Os teus molejos sensuais melódicos

-Que existem só nessa cabeça minha-

Torna meus poemas textos belos e ódicos,

Coisa que dentro de mim n’era rainha.

Os olhos mágicos e belos teus,

Nos quais enfeito-me e sorrio ao vê-los

Traz esperança e ainda fé aos ateus

Como nenhum outro da cor d’gelo.

Sua boca é tão carnuda e tão rosada,

Que me entope de amor e fé -me finda-

No coração fica somente o nada,

Pois, linda, não senti teu beijo ainda.

Divino ser ! Linda ! Eterna musa!

Que de minh’ alma poetiza abusa!