Soneto ao gol de mão

Certo dia a mão divina uniu-se à do atleta...

Foi, na Copa, lá no México das arenas,

Naquelas plagas de tão memoráveis cenas,

Onde Maradona logrou a maior meta:

Conquistar o planeta com a esfera incerta,

Que, como a vida, tem pouquíssimo de amena

Que, como a vida, tantas vezes é grande pena

E não traz o gáudio por uma via reta...

Gênio, ah sim, ele certamente o era!

Gênio que não venceu a humana fraqueza,

Gênio que fez concreta tanta quimera,

Quer na Europa, quer na Argentina, a quem quisera

Perpetuar com o esporte no templo da grandeza,

Agradecendo a Deus a burla que fizera!