DA BOLA DE TRAPOS À DE CRISTAL
Ou
«Para EL PIBE, o Feiticeiro»
Brincavas na rua, como qualquer menino
Chutando alegremente numa bola de trapos,
E antes que tua vida se virasse em farrapos
Foste EL PIBE o maior “feiticeiro peregrino”.
A mesma rua foi o teu palco genuíno
Onde reverdeceram os teus sonhos gratos
Que te elevaram aos mais prodigiosos tratos
Fazendo da tua vida um auspicioso hino.
Com bola ou sem bola eras contradição,
P´ lo baloiçar das paixões e das fantasias:
Ou te amavam, admirando as tuas magias,
Ou te odiavam por não seres digno campeão…
Os golos para ti eram uma obsessão,
Desafiando o sistema, as leis e a ti mesmo
E as reacções, as mais diversas e a esmo,
Fizeram teu destino ser drama e rejeição.
Entre o Céu e o Inferno situou-se a tua história,
Entre o êxito e a derrota situou-se a tua arena
E se mais não fizeste o mundo sente pena
De não saber como há-de louvar tua memória!?
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA