SONETO DA ALMA

É dela o meu corpo em vitalidade,

Disso não fujo sequer um instante.

A minha é livre, trago com sinceridade

Que dela, também, sou amante;

Minha melhor companhia e amiga

E, sem dúvidas, a maior disparidade

É que dela afirmo ser uma inimiga

- Pois é dela a minha realidade;

De dentro de tu, louca e rica alma,

É que tiro as minhas tais verdades.

Então diga a mim, ó minh'alma,

Da minha tamanha mediocridade;

Que afoga pífios grandes planos

De um jeito tão, às vezes, desumano!

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 26/11/2020
Reeditado em 22/12/2020
Código do texto: T7120921
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