Ao meu lado um exército de vaga-lumes.

Andarilho,  vivo uma vida de defunto !

Sem saber se pertenço a algum meio,

As vezes sinto que esse vazio eterno...

É fruto da psicose do meu espírito cheio:

De ausência e uma inexplicável brevidade,

E a isso nem em dez vidas eu me acostume.

Na luta contra essa escuridão que me abate,

Está ao meu lado um exército de vaga-lumes.

Destroçados pela artilharia de pensamentos,

Restaram poucos aos quais agora me apego.

Porém, sem nenhuma possibilidade de desistir,

Posto que é preciso coragem para se acovardar!

Espero que a pouca luz que ainda existe em mim,

Seja capaz de no final alguma coisa iluminar...

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 24/11/2020
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T7119389
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