Ainda Há Saída
Nesse viver profano e dissoluto
Em que a alma não sente a luz da vida,
Do que plantaste, vais comer o fruto
De uma colheita mais que merecida.
E quando chega o último minuto
E a razão vem à tona, compelida
Pela força do que é reto e absoluto,
E então tu sentes que a luta é perdida,
Na cruz Deus já pagou todo o tributo,
E a dívida, com sangue, foi assumida.
Nos ombros carregou o peso bruto
Da morte, que nos era merecida;
Sim, o puro do impuro substituto.
Não te exasperes, que ainda há saída!
Juazeiro, 23 de novembro de 2020.