Ainda Há Saída

Nesse viver profano e dissoluto

Em que a alma não sente a luz da vida,

Do que plantaste, vais comer o fruto

De uma colheita mais que merecida.

E quando chega o último minuto

E a razão vem à tona, compelida

Pela força do que é reto e absoluto,

E então tu sentes que a luta é perdida,

Na cruz Deus já pagou todo o tributo,

E a dívida, com sangue, foi assumida.

Nos ombros carregou o peso bruto

Da morte, que nos era merecida;

Sim, o puro do impuro substituto.

Não te exasperes, que ainda há saída!

Juazeiro, 23 de novembro de 2020.

Humberto Cláudio
Enviado por Humberto Cláudio em 23/11/2020
Reeditado em 20/01/2021
Código do texto: T7118397
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