Jaculatórias

Lamentosas reminiscências arvoram

Genealogicamente ascendências vãs.

Lenhosos vazos, de seiva alimentam,

Salpicando de dores, contristadas manhãs.

Cajado mago colhido de amputado galho

Ampara altivo o hirto devir de andarilho.

Floresta - verde dossel - úmida de orvalho.

Fatos sinteses, com vital sol, parco brilho.

As brisas mansas vêm do édem, e perpassam.

Raizes profundas, peito turgido, engalfinhadas.

Almas fabulosas, de duendes, nos devassam.

A chuva redevolve águas evapotranspiradas.

As caídas mortas folhas renutrem: crassam.

Versos jaculatórios. Poesias puras. Inspiradas.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 22/11/2020
Reeditado em 28/11/2020
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