UM NINGUÉM






Tu que me vês agora qual Barão,
Escuta atento o que ora te digo.
Fui um ninguém, sem lar e sem amigo,
Tido pelos outros, como um cão.


Sujo, carente, dormindo no chão,
Ao relento, e sem qualquer abrigo.
Aquele tempo esquecer não consigo,
Como entrei em tal situação.


Foi por um amor mal correspondido,
Que quase me transformou num bandido,
Que tudo isto me aconteceu.


Vendo o espelho d’outros como eu,
Busquei por minha recuperação,
E pra lá nunca voltei, desde então.
Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 22/11/2020
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