Soneto de Lua vermelha

 

A lua escarlate que no arrebol capturastes

Enviando-me naquele instante de presente.
O teu amor com o gesto meigo revelastes
Desde então você não sai da minha mente.

Mas como Pedro negou Cristo tu o negas.
Diz que eu confundo o amor com fantasias.
Que não o amo e só estou vivendo às cegas,
Pois tenho tudo e minhas mãos estão vazias.

Achas que devo cortar as asas da esperança...
E me conformar a viver a vida amealhando,
Pois não sabes o que guardo na lembrança...

Talvez não saibas mas amor é igual criança.
Se o repreendes mais se agita esperneando...
Soma o desejo ao querer e dobra em ânsia.

Adriribeiro/@adri.poesias

 

 

 

 

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 20/11/2020
Reeditado em 04/02/2022
Código do texto: T7116667
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