Soneto de Lua vermelha
A lua escarlate que no arrebol capturastes
Enviando-me naquele instante de presente.
O teu amor com o gesto meigo revelastes
Desde então você não sai da minha mente.
Mas como Pedro negou Cristo tu o negas.
Diz que eu confundo o amor com fantasias.
Que não o amo e só estou vivendo às cegas,
Pois tenho tudo e minhas mãos estão vazias.
Achas que devo cortar as asas da esperança...
E me conformar a viver a vida amealhando,
Pois não sabes o que guardo na lembrança...
Talvez não saibas mas amor é igual criança.
Se o repreendes mais se agita esperneando...
Soma o desejo ao querer e dobra em ânsia.
Adriribeiro/@adri.poesias