Edgar
Edgar
à Edgar Allan Poe
Perambulando lá vai solitário
O notívago segue seu caminho
Blasfemando, na mão o escapulário.
Em outra mão um cálice de vinho
Ébrio de novo em busca de carinho
Na taverna com Azevedo e Macário
Rabisca versos em um pergaminho
Declama poema em tom funerário
De volta à rua põe-se então errante
Caminha nas nuvens - nefelibata
A estrela da sorte brilha distante
O gato preto do azar que maltrata
“Nunca mais” repete o corvo constante
Viver: castigo cruel que o mata
@celsohenriquefermino