Mares da invisibilidadde

Mares da invisibilidade

Meu teto de estrelas em noite nua

Sozinho por todos e pela sorte

Com apenas São Jorge – meu pai na lua

Que vela o sono e protege da morte

Por mais que não me enxerga a vista tua

Por menos que Deus comigo se importe

Continuo seguindo nessa rua

Tendo o Cruzeiro do Sul como norte

O frio que machuca, a chuva que molha

Os olhos que passam e ninguém me olha

E se assim fizessem, veriam nada

Pois o espelho, delator da verdade:

Como a urbe, meu reflexo nada

Nos mares da invisibilidade

@celsohenriquefermino

Celso Henrique Fermino
Enviado por Celso Henrique Fermino em 18/11/2020
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