Mares da invisibilidadde
Mares da invisibilidade
Meu teto de estrelas em noite nua
Sozinho por todos e pela sorte
Com apenas São Jorge – meu pai na lua
Que vela o sono e protege da morte
Por mais que não me enxerga a vista tua
Por menos que Deus comigo se importe
Continuo seguindo nessa rua
Tendo o Cruzeiro do Sul como norte
O frio que machuca, a chuva que molha
Os olhos que passam e ninguém me olha
E se assim fizessem, veriam nada
Pois o espelho, delator da verdade:
Como a urbe, meu reflexo nada
Nos mares da invisibilidade
@celsohenriquefermino