SAUDADE PARECE IRMÃ DA MALDADE
Parece infindável a saudade,
Ao vir, parece sem fim sua ação,
Parece ser irmã da maldade,
Corta n'alma e sufoca o coração.
Em silêncio chega e o peito invade,
Vem gélida, nele faz moradia,
Em seguida faz seu atroz alarde
Frenética ebulição noite e dia.
Em dor abrasadora se transforma,
Traz seu canto e toma sua forma,
Em notas de lúgubre melodia.
Quem dera se houvesse um jeito,
Saudade errasse a rota do peito,
Nele não fizesse mais estadia.