Nas entrelinhas do desejo
Quando aliso os lençóis amarrotados
Vou encostando o rosto no teu travesseiro.
Cerro os olhos com os sentidos atordoados
Sinto o aroma amadeirado do teu cheiro.
E da nossa cama me despeço contrariada,
Saio levando o seu toque em pensamentos.
Corro pra o banho como sempre atrasada,
Porque o tempo é o vilão desses momentos.
Na cozinha tomo o meu café sorrindo.
Relembrando seus sussurros indecentes.
E durante o dia o riso vai se repetindo.
No reencontro eu te atiço com um beijo.
Logo estamos a mesma chama dividindo.
O nosso amor nas entrelinhas do desejo.
Adriribeiro/@adri.poesias