Amor envenenado
Fechei meus olhos tentando esconder
Toda a tristeza que hoje os inflama
Mas a negra Iris só insiste em lhe dizer
Que, apesar de tudo, ela ainda te ama.
E esse amor que as vezes eu renego.
É teimoso e até mesmo intransigente
E apesar dos seus tributos que sonego
Continua me extorquindo, o indecente.
Quando, perante a ti, a minha dívida
De uma vez por todas, enfim, irei saldar?
Quando olhares na minha face lívida?
Não vês que a minha vida tem sugado?
E como vampiro preso à minha jugular,
Bebe a seiva desse amor envenenado?
Adriribeiro/@adri.poesias