Dívidas
Dívidas
Oh, vida! Não te quero assim tão mal
Não me seduz mais as suas ofertas
Consome-me o diário ritual
Monótono como as vistas abertas
Imersas na escuridão abissal
Lar eterno das criaturas incertas
Talvez como seja eu, afinal:
Sangue vagando por veias desertas
Oh, morte, a mais sensata solução!
De olhos fechados não me enxergo assim:
Um verme em barganha com a expiação
por uma dívida que não tem fim
no espelho, um dedo em riste me aponta
Reclamando a minha última conta
#celsohenriquefermino