Mundo desasido dum sentir.
Num mundo real feito do irreal e amorfo.
Se faz presente uma espinhosa liquidez.
Onde o ser é na animalidade antropomorfo.
E o ser humano navega na insensatez.
E num mar de baixas emoções são,
Seres que se submete a leda indiferença.
E já não difere sentimento de emoção.
Troca amor por paixão, fé por crença.
Não só não sabe o que vive ou sente,
Como ignora que não saber viver ou sentir.
E na relatividade segue a perder o presente.
No passado dum futuro que há ou não de vir,
Num mundo líquido de água quente fervente.
Que ferve corpo e queima da alma o seu luzir.
(Molivars).