A LUZ DA PEQUENA ESTRELA
Retiro, à pinça de cirurgia,
algum vestígio pueril do cerne,
pra não sentir latejar-se a carne,
de tanta falta secando a fibra.
É torturante, parece sede
de muitos dias e até semanas
pesando nalma, incessantemente,
à eternidade de um sofrimento...
Eu não consigo sair da lama,
a que ora encobre a extensão da cama.
Haver sem vívidos? Não suporto!
Por fim, alcanço que se desponte
a estrela infante neste horizonte,
a iluminar-me o infinito morto.