Alma limpa
Brinca a alma em chãos de terra
Alma limpa em mãos lavadas na poeira
Em folhas pisa e dobra-se como se em esteira
Deita -se sonhando e na paz se encerra
A leveza de estar consigo inteira
Transcende a vida que lá fora berra
Pedindo que à loucura de viver em guerra
Envolva essa alma que agora flui fagueira.
Parte em passos leves, a campos férteis ruma
Espelha raios celestes num viajar diuturno
Num tempo que se faz imensurável
No seu olhar a mansidão admirável
De uma alma em seu instante uno
Dentro de um corpo imerso em plenitutes fúteis.