EMPATIA...

Deixei pelos cantos alguns livros abertos...

Em pausa, os versos a me esperar incertos...

Como se fossem vozes sussurrando “vem”...

E eu negando o medo das rimas de amor.

E, na licença que me permitiu a poesia...

Dei vida àqueles seres, com tal empatia...

Como já mais poderia para um alguém...

Mas continuei negando as rimas em dor.

E naquele transe, que beirou a simpatia...

Debrucei-me mesmo não havendo ninguém...

Acusando o peito um instante de calor.

Lentamente, me desfazendo da fantasia...

Sem saber o que me continha ou me contém...

Lágrimas, já sem negar as rimas e o dissabor...

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 02/11/2020
Código do texto: T7102601
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