EMPATIA...
Deixei pelos cantos alguns livros abertos...
Em pausa, os versos a me esperar incertos...
Como se fossem vozes sussurrando “vem”...
E eu negando o medo das rimas de amor.
E, na licença que me permitiu a poesia...
Dei vida àqueles seres, com tal empatia...
Como já mais poderia para um alguém...
Mas continuei negando as rimas em dor.
E naquele transe, que beirou a simpatia...
Debrucei-me mesmo não havendo ninguém...
Acusando o peito um instante de calor.
Lentamente, me desfazendo da fantasia...
Sem saber o que me continha ou me contém...
Lágrimas, já sem negar as rimas e o dissabor...