TRILHA XVII - AO FÓRUM DO SONETO

*** DO SONETO AO FÓRUM ***

Lembrando quando às madrugadas lia

Os Imortais, com a paixão sincera,

Sem perceber, na solidão vazia,

O Fórum surge em colossal quimera!

Lembrando, ainda, imaginava e via

Situações sem pretensões de espera,

Visão onírica na luz do dia

Mais vida tinha pelo azul da esfera!

N'ampliação da descoberta vasta,

Fortalecia um visionário em mim,

Eu expulsava a sensação nefasta

Junto aos amigos atraídos, sim,

No aprendizado que jamais desgasta

Nascendo o Fórum do Soneto, enfim!

Ricardo Camacho

*** AVANTE! ***

Surgiu alguém em mim que não havia,

adoro o Fórum, a Alma do Soneto,

e entrei na imensidão da Maestria!

No mar da perfeição, um amuleto...

Em cada verso prezo a melodia,

a métrica fascina e assim prometo:

Expor a valentia que irradia,

domínio no terceto e no quarteto.

No Templo que me acolhe sou feliz,

uma aprendiz — os Mestres são espelhos!

Se erramos, logo surgem os conselhos.

A dádiva reluz no chafariz,

Na Trilha lapidamos o diamante...

E enfim, Ricardo sempre diz: Avante!

Janete Sales Dany

*** AOS AMIGOS ***

E, meu apoio tem você, Ricardo,

Assim concordo, com os pontos ditos...

Sigamos juntos conservando os ritos

Nas linhas débeis, que compõe o Bardo.

Melhor compor os versos mais bonitos

Do que buscar imensurável fardo

Por que jogar no "Fórum" este dardo?

Se vão deixando versos tão aflitos.

Possamos juntos pôr o classicismo...

Arrematado com fiel lirismo

Em verve pura, por razões completas.

Finalizando meu apoio dado,

Em nosso dia, já que consagrado...

Parabenizo todos os poetas.

_Douglas Alfonso_

*** NA TRILHA DO APRENDIZADO ***

O belo e trabalhoso, traz o prumo,

Por isso, algumas regras a cumprir,

O clássico soneto faz surgir,

A poesia pura e aqui resumo;

O dom da inspiração é mero insumo

Há muito o que aprender, melhor nutrir,

Seguir as normas cultas e auferir

O resultado bom, o extrato, o sumo.

O FÓRUM nos prepara essa lição -

Cumprindo com desvelo e bom galhardo

No aprendizado surge a construção,

Que faz do leigo experiente bardo;

Pautado em normas vem sua ascensão.

Avante! Assim bem diz, mestre Ricardo.

Aila Brito

*** MINHA ESCOLA ***

No rastro luminoso de Petrarca

encontro encantamento e vou, tranquilo,

buscar a seiva doce desse estilo

que a verve, o coração e a pena encharca.

A fome de aprender me erige a marca,

por isso, considero-me um pupilo

de amigos professores e assimilo

conceitos onde o verso desembarca.

O clássico fascina os pensamentos,

exorta-me a sorver ensinamentos:

o eterno aluno nunca se controla!

A gratidão me fala da honraria

de ser um membro desta confraria,

o Fórum do Soneto, minha escola.

Jerson Brito

*** NÃO FORA O FÓRUM... ***

Se não me fora o Fórum do Soneto,

Que veio em bom momento em meu amparo...

Na mala um vil conjunto de poemeto,

Versejos antes feitos, que ora aclaro.

O grupo aqui formado (quase um gueto)

Estuda e leva a sério seu preparo.

Por ser recém chegada aqui prometo

Pesquisa e muito afinco — assim, declaro!

Espero o meu momento em tal “berlinda”,

Ouvindo meus colegas, muito atenta,

E o nosso grande mestre — o bom Ricardo.

E, como em minha infância, aprendo ainda...

A brisa nova acolhe, brinca, inventa.

Aqui renovo o ofício: ser um bardo!

Elvira Drummond

*** MALHO AGALOPADO ***

Pretendendo, em Martelo Agalopado,

Um Soneto fazer para uma Trilha;

Este ritmo me encanta e maravilha,

Aprontei-me pra dar o meu recado.

Três e seis comporão este arrojado

Decassílabo, e a rima, feito quilha,

Vai singrando em Galope ao sol que brilha

Sobre as ondas do verso ora marcado.

Num compasso frenético e ritmado

Garantindo que o Bardo, apaixonado,

Extravase sua alma de Poeta...

Ofegante, concluo, extasiado,

Que este Maço cavalga bem rimado,

E a caneta , do Vate, cumpre a meta.

José Rodrigues Filho

*** O FÓRUM DO SONETO ***

Eis que surgiu em meio ao modernismo

a Escola em que se busca maestria,

o afinco no labor da poesia,

agraciando o belo e o romantismo.

Ao preservar a forma e o seu lirismo

o Fórum do Soneto propicia

no aprendizado o toque de magia

sem que os poetas rendam-se ao sofismo.

São guardiões atentos à beleza

da poesia escrita com clareza,

à métrica perfeita e às rimas caras;

à liberdade na expressão poética

sem prescindir da forma linda e a estética

que fazem dos sonetos joias raras.

Edy Soares