Vês?
A luz do bálsamo insta os olhos teus
no verso aceso e ardente e te querer.
Tu vês que o fogo anímico há no ser
em cada assaz palavra que verteu
o impulso em beijo agora que nasceu
no olhar angélico onde o florescer
deságua na vontade e no prazer
do encontro de almas nossas no apogeu?
E então? Tu vês no céu o brilho e o quanto
estrelas são pupilas como as tuas?
E as nuvens como escleras tuas puras?
Tu vês a imagem de anjos quando em canto?
Na íris várias divas dançam nuas,
no rosto a chama queima na doçura...