Vês?

A luz do bálsamo insta os olhos teus

no verso aceso e ardente e te querer.

Tu vês que o fogo anímico há no ser

em cada assaz palavra que verteu

o impulso em beijo agora que nasceu

no olhar angélico onde o florescer

deságua na vontade e no prazer

do encontro de almas nossas no apogeu?

E então? Tu vês no céu o brilho e o quanto

estrelas são pupilas como as tuas?

E as nuvens como escleras tuas puras?

Tu vês a imagem de anjos quando em canto?

Na íris várias divas dançam nuas,

no rosto a chama queima na doçura...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 29/10/2020
Código do texto: T7099176
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