EQUILÍBRIO

Teimosia: alvorada a dourar os vicejos.

Claridade manhã distendendo a existência...

Dia arrasta e se mói e se espreme, à vertência,

e se finda, bailando ao ocaso, em voejos.

O planeta resiste, em plangentes arquejos.

Natureza voraz a insistir - persistência,

apesar de horizonte inspirar sucumbência:

amontoa-se o lixo humanal a sobejos.

Ao buscar, o Universo, a vital garantia

à constância do giro e que as forças se somem

- das florestas, do sol e do mar - sinergia,

extermina, feroz, os rivais que o carcomem!

Para tanto, empodera e inocula (ah, ironia...)

um nadinha viral nas entranhas de um homem.